Capítulo 38: aprendendo criação com a ficção
livros de ficção também são uma ótima forma de aprendizado
é possível aprender sobre criação de conteúdo com os livros de ficção que você (já) lê
miolo
Quando você pensa em aprender sobre determinado assunto, como, por exemplo, marketing digital, qual a primeira forma de pesquisa que você costuma buscar?
Meu ponto de partida (e, pela pesquisa dessa semana feita nos stories, também de várias GLitters), são conteúdos de perfis ou sites dedicados ao tema, livros de não ficção e cursos.
Porém, eu sei que muita gente que quer aprender, não curte muito ler livros de não ficção, ou não tem tempo/grana/desejo de focar em cursos e afins para explorar o tema.
Também pode acontecer de você andar saturada de ver tantos perfis focadíssimos em marketing, com estratégias às vezes contrárias uns dos outros, que podem deixar a gente mais perdida do que se encontrando nesse mundo da internet.
A boa notícia é que existe luz no fim do túnel!
Quando a gente lê um romance digno de fazer a gente querer um Mr. Darcy para chamar de seu, ou, quem sabe, uma fantasia que te faz jurar que a qualquer momento uma criatura mágica vai aparecer dentro do seu guarda-roupa, é fácil pensar em aprendizados para a vida.
Mas, para além disso e de todos os sentimentos que uma leitura pode envolver e como elas são capazes de nos inspirar, um livro de ficção também é uma porta de entrada maravilhosa para outros temas e conteúdos.
Como criatividade.
Como marketing digital.
Como comunidade.
Como identidade visual.
Como criação de conteúdo.
Esses temas podem até não se relacionar com o cerne da história, mas são detectáveis nas mais diversas histórias.
Você já tinha pensando nisso?
Já teve algum momento da leitura que você achou uma personagem com uma criatividade ímpar, ou, quem sabe, capaz de ter uma presença marcante, não importa onde estivesse? Que fosse um bom anfitrião?
Todas essas características podem ser íntimas da vida, mas também o são na criação, porque somos movidos pelas mesmas emoções e sentimentos. E, claro, é a partir dessas mesmas questões que até mesmo o próprio marketing firma suas principais bases: comportamento humano.
Pode ser que você esteja totalmente descrente nesse momento, eu sei, ou talvez tenha tido uma inspiração aqui e outra ali.
Mas desde que comecei a buscar encontrar relação dos temas que estudo nos livros de ficção, descobri um exercício incrível, não apenas de criatividade, mas também de aprendizado.
Isso porque buscar entender, por exemplo, caminhos para trabalhar a criatividade ou, quem sabe, elementos que podem formar e fortalecer uma comunidade, estão tão presentes na nossa vida quanto nas histórias que lemos.
Por isso, mesmo que não seja um processo automático para você, é um caminho possível e acessível para treinar, praticar e ter ideias.
Tudo isso contribui para um ponto que costuma ser uma dificuldade de muitas criadoras: criar uma ponte entre conceitos e teorias com a nossa realidade de criação.
mas, e na prática da leitura, como é que isso acontece?
entrelinha
Já tem cerca de dois anos que comecei a praticar essa ideia como um exercício criativo. Primeiro, pensando em ver temas de inspiração e criatividade com mais ênfase, depois, expandindo para outros temas da criação de conteúdo.
Alguns livros me trazem reflexões mais claras, óbvias, outros são desafios maiores e exigem uma busca mais apurada por detalhes e ver para além do óbvio que a história me apresenta.
Uma das minhas primeiras pesquisas mais aprofundadas foi com uma das minhas fantasias favoritas da vida: A Vida Invisível de Addie LaRue, de V. E. Schwab [Galera Record].
O tema principal que linkei com o livro foi criatividade e, para isso, parti do Mito Faustiano, uma das inspirações da autora para a história e, a partir dele, analisei a trajetória da personagem.
Você pode conferir esse conteúdo detalhado em duas versões: no texto do blog ou pelo vídeo no YouTube:
E claro, o que eu apresento no vídeo ou no texto, é apenas um dos caminhos possíveis de pensarmos a história para além de toda a magia que ela já nos oferece.
um convite para você, GLitter!
rodapé
A GLit é um projeto constante e, por muito tempo se resumiu a esse espaço aqui, da newsletter.
Há um tempo ensaiei um perfil no Instagram e, como não foi muito planejado, foi do tipo só vai lá e faz, acabou que manter ele dentro do projeto ficou difícil.
Agora, com a cabeça mais arejada, o por trás das câmeras mais organizado, estou voltando para o @gentilezaliteraria no Instagram e vou adorar ter você para trocar ideias e apresentar outros conteúdos por lá.
A news não vai acabar, ok, esse espaço aqui é o coração da GLit, mas acredito que existem muitas formas legais da gente falar desses temas e bater papo sobre nossos perrengues e, claro, também da parte incrível que compreende o criar literário.
E obrigada por ler até o fim, a gente se vê na próxima semana, GLitter ✨-✨.