um convite para você, GLitter
miolo
Foi impossível pensar em uma forma melhor de voltar para esse espaço que tanto me acolhe, do que com um convite para a gente se encontrar no começo de 2024.
O sonho seria um tête-à-tête presencial com a gente tomando um chá da tarde com biscoitos, só que isso deixaria muita gente de fora.
E como a GLit é um espaço para abraçar, a ideia que surgiu há algum tempo se consolidou na versão online.
Assim, podemos estar cada uma no seu recanto favorito, bem acompanhada de sua bebida aconchegante e um bloquinho de anotações.
O 1º Encontro Online da GLit é um evento gratuito voltado para tendências & planejamento para creators literárias em 2024 e acontecerá no dia 13 de janeiro, às 10h da manhã.
Para garantir sua participação, é bem simples: basta retirar seu ingresso através do Sympla.
Precisa de ajuda para não se esquecer do encontro?
Já anota na agenda e entra aqui no grupo de avisos do WhatsApp: por lá vou lembrar vocês do encontro e também mandar o link de acesso. Ah e não se preocupe, não envio spam e o grupo é fechado.
Se você tiver dúvidas, pode falar comigo no Insta @retipatia ou pelo e-mail gentilezaliteraria@gmail.com. Vale deixar seu comentário por aqui também, ok!
Animada é pouco para descrever o sentimento para esse momento, e o que eu posso adiantar é que vem muito por aí na GLit em 2024!
influência responsável
entrelinha
É bem provável que você esteja sabendo sobre a investigação da polícia da plataforma Blaze, que veio a público com a reportagem do Fantástico no último domingo, dia 17 de dezembro.
Se você não sabe sobre o que é o rolê, pode conhecer mais detalhes aqui e eis um resumão em um parágrafo:
O site Blaze, uma plataforma de jogos de azar que se popularizou com o Jogo do Aviãozinho (Crash), prometendo ganhos de dinheiro rápidos e fáceis, está sob investigação após denúncias de que os ganhadores não estariam recebendo seus prêmios. O detalhe que a reportagem trouxe foi o nome de vários grandes influenciadores que divulgaram a plataforma em caráter de publicidade.
O bafafá na internet rendeu muito mais sobre o posicionamento dos influenciadores do que propriamente sobre o Blaze, uma plataformas de jogos de azar, que são proibidos no Brasil.
Alguns influenciadores não se manifestaram sobre o assunto e muitos outros vieram com discursos que podem ser resumidos em: eu só divulguei, não obriguei ninguém a nada, e não faço parte da empresa, não tenho culpa, sou tão vítima quanto quem perdeu grana lá.
Mas, a pergunta verdadeira é: será que não tem mesmo?
Para além de implicações legais, que estão fora da nossa capacidade de decisão, as implicações morais disso dizem sim respeito a comunidade de creators e influenciadores.
É uma situação complicada que tem muitos lados a serem analisados, mas aqui quero chamar atenção para o fato de que, no momento de assumir a responsabilidade, o erro, a maior parte escolheu o caminho fácil de dizer que apenas divulgou a plataforma.
Quando temos poder de influência (e isso acontece mesmo que você não tenha milhões de seguidores como os citados na reportagem), você tem responsabilidade com quem e para quem você influencia.
E isso não apenas por uma questão de moral, de ser correto, mas também em relação ao trabalho de construção de confiança que você cria com o seu público.
Por mais que a situação possa parecer muito distante da nossa realidade, o que vemos nesse debate acontece em todas as esferas, nichos, dimensões e camadas. E, claro, também no literário.
Nas últimas semanas, vi vários relatos no Threads que vão desde creators que divulgam livros não lidos como favoritos até autores que compram resenhas positivas de seus livros (e, se compram, é porque tem quem vende).
É claro que, em termos de magnitude, você pode me dizer, ah Rê, não é a mesma coisa, as pessoas não estão recebendo cachês milionários para isso e também não estão cometendo um crime.
E realmente, a proporção de alcance não é a mesma, e jamais vou comparar o valor gasto em um livro com o que as pessoas gastaram em jogos de azar, mas isso não significa que nossa responsabilidade deva ser colocada de lado.
Não é à toa que eu já bati várias vezes na tecla que absolutamente tudo que a gente faz, compartilha, fala, escreve, são formas de construir não apenas um posicionamento, mas de gerar relacionamento, construir comunidade, e tudo isso acontece através da confiança que construímos com as pessoas.
E, no fim do dia, não existe confiança quando alguém que cria usa artifícios estapafúrdios para se livrar da culpa em ter ofertado, oferecido ou divulgado algo em que não acredita ou que sabe ser enganoso.
muito ainda para falar
rodapé
Tenho pelo menos mais uns cinquenta temas que quero muito compartilhar por aqui, mas confesso que não queria entregar uma news quilométrica para você, que muito provavelmente já está sobrecarregada neste fim de ano.
Por isso, a gente se lê na próxima quarta, GLitter.
Obrigada por ler até aqui (e não se esquece de inscrever no nosso evento)!