Capítulo 51: [quase] metade de 2024 e o que você fez?
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Então é Natal,Então é meio do ano, e o que você fez?miolo
Peguei emprestado o trechinho da clássica música natalina porque ela traz um pergunta típica (e incômoda) de fim de ano: o que você fez até aqui?
A onipresente pergunta traz consigo toda aquela onda de pânico desesperado no fim do ano que nos leva a pensar que precisamos concluir ao menos algumas das metas não concluídas durante TODO o ano.
Seja finalizar uma organização parada há meses, deixar um velho hábito de lado, começar algo novo, finalizar um curso, organizar melhor seu tempo, quem sabe se desconectar um pouco mais?
Quando o assunto é a nossa criação de conteúdo, não é muito diferente. No fim do ano, aparece uma balança que, de um lado, colocamos tudo o que aconteceu e, do outro, o que a gente queria que tivesse acontecido.
O problema é que a balança geralmente pesa bem mais do lado do queria ter feito, ter tido tempo, ter colocado em prática, ter realizado, ter concretizado, ter ousado, ter alcançado.
E, muitas vezes, a gente não pensa no caminho, nas decisões cotidianas, nos pormenores que nos desviaram do foco, na realidade que bateu à porta, no caminho que a vida traçou sem a gente escolher.
Uma parte desse sentimento vem da falta de controle que existe na vida, a impossibilidade de prever absolutamente tudo e entender que, por vezes, precisaremos seguir o ritmo que é imposto e não o que desejamos.
A outra parte desse sentimento vem do conhecimento (às vezes inconsciente) de que, mesmo dentro do nosso possível, a gente não conseguiu agir, fazer, concluir, praticar, criar, colocar a mão na massa, tirar do papel e dar a cara a tapa.
Isso não significa que foi por preguiça ou porque você não é disciplinada, que fique claro. Falo aqui dos maiores vilões que assustariam até Darth Vader: autossabotagem, insegurança, incertezas, falta de organização, excesso de ideias ou a falta delas, falta de processos e formas de entender o que priorizar ou não na sua rotina de criação.
Todos esses pontos pesam no cotidiano e, no fim das contas, quando chega o fim do ano, a gente olha o todo e é fácil se esquecer dos pormenores, dos detalhes, do que emperra no dia a dia.
Falando em dia a dia, muito do que se acumula, do que não conseguimos por em prática (dentro da nossa realidade, que fique claro), tem muito a ver com as escolhas que tomamos exatamente no dia a dia, em cada pequena decisão que pode nos incentivar ou nos travar.
O livro Pensamento Eficaz traz um ponto interessante sobre o que gente costuma considerar ser disciplina e força de vontade para manter foco, metas e tomar boas decisões ao longo do caminho:
Com frequência, o que pode parecer disciplina envolve um ambiente cuidadosamente criado para estimular certos comportamentos. […] Não se melhoram os padrões por meio da força de vontade, mas pela criação de um ambiente em que o comportamento desejado se torna o comportamento-padrão.
Pensamento Eficaz |Shane Parrish | Livro na Amazon
O foco do livro é debater sobre como podemos ter o que o autor chama de pensamento eficaz, que é uma forma de tomar melhores decisões em todos os setores da vida, levando a melhor desempenho, menos erros e maior sucesso.
Como Parrish destaca, tomar boas decisões é um processo, que vai envolver inteligência emocional, o ambiente adequado, combate a inércia e compreensão dos padrões sociais aos quais estamos arraigados.
E como tudo isso se relaciona com a questão do meio de ano, o que você fez e tudo o mais?
Sempre que a gente pensa, metade do ano já foi, a pergunta que surge é a mesma do fim do ano: o que foi que eu fiz até agora?
Mas, a pergunta que a gente deveria de fazer a essa altura do campeonato é: o que eu vou fazer a partir de agora?
O tempo que passou já foi, podemos tirar aprendizado dele, é claro, mas não podemos voltar no tempo.
Ou, como diria Gandalf:
Tudo o que temos a decidir é o que fazer com o tempo que nos é dado.
Pensar em como facilitar nossas tarefas cotidianas, e, mais especificadamente, em como facilitar a criação de conteúdo é algo que me debruço constantemente e, pensar no ambiente que criamos para criar, por assim dizer, é um elemento poderoso.
Não falo de nada megalomaníaco, de nada inalcançável como um local à prova de sem interrupções e um ambiente a prova de som.
A ideia é pensar pequenas formas de facilitar, seja com a organização de ideias, seja com a inspiração, seja com suas prioridades.
Por exemplo, desde que comecei a me organizar com o Notion e com o template de criação de conteúdo que criei nele, consigo focar muito mais nas tarefas que são prioridades naquele dia ou semana.
Por outro lado, nos dias em que eu não não abria meu aplicativo e ia fazendo as coisas conforme tinha vontade ou a cabeça lembrava, eu conseguia concluir muito menos que o desejado. Isso porque, sem um foco, um norte, um guia, fica mais difícil priorizar e muito mais fácil procrastinar. O Notion faz parte do meu ambiente que estimula minha produtividade e foco no dia a dia.
Do mesmo jeito, é muito mais fácil se lembrar de beber água ao longo do dia quando tem um copo perto de você. É sobre o ambiente que criamos para facilitar as pequenas decisões diárias que queremos implementar.
Seja porque nosso cérebro não foi programado para se lembrar de tantas coisas, ou porque você já tem muitas outras coisas na vida para dar conta, utilizar formas de facilitar seu momento de criação é um caminho sem volta.
Mas um bom caminho sem volta, um que combina muito com os ideais que a gente busca aqui na GLit: criar com mais leveza & criatividade e entregar conteúdos mais permanentes.
Por aí, o que você fez até agora, metade de 2024, para te ajudar a criar com mais leveza, criatividade e com mais permanência?
Adoraria saber o que você acha disso, então fica o convite para você comentar aqui na news ou responder a esse e-mail: sua mensagem vai direto para minha caixa de entrada, GLitter, e é sempre um prazer te ler.
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rodapé
Obrigada por acompanhar a GLit e ler até o fim, GLitter. Lembre-se que você sempre pode responder a esse e-mail ou deixar seu comentário por aqui, esse espaço é nosso.
A gente se lê na próxima quarta, na hora do chá. ✨-✨