Capítulo 57: Bridget Jones, capítulos novos e resoluções de ano novo para creators
será que ainda dá tempo de pensar em recomeços?
as muitas formas de recomeçar na criação de conteúdo
miolo
Como nossos ciclos de criação de conteúdo representam novos capítulos em nossa jornada de criadoras criativas
Como você consegue manter a constância na criação de conteúdo por aí? Você já teve altos e baixos na sua jornada?
Por aqui sem sombra de dúvidas já foram muitos altos e baixos de criação, por diversas questões que vão da saúde mental ao trabalho paralelo, tempo, vontade e simplesmente porque a vida acontece.
É bem provável que você saiba do que eu estou falando, esse é o tema que pipoca por todos os lados quando vemos conteúdos de marketing digital e que sempre aparece nas minhas conversas com amigas criadoras de conteúdo (e não apenas literário).
Sempre que estou em um período de pouca (ou nenhuma produção de conteúdo) tenho a sensação de que enfrento um processo constante de recomeço:
me organizo = volto a criar com constância dentro da minha nova realidade = a dinâmica muda = inconstância = me organizo = volto a criar com constância dentro da minha nova realidade
Esse ciclo às vezes descompensa a gente um pouco, afinal, é difícil manter sempre todos os pratos da nossa vida equilibrados, né!?
Mas percebi que esse processo de me reorganizar depois do caos, depois da falta de constância é um processo que ultrapassa a barreira do planejar e anotar.
É uma forma de reavaliar o que tenho feito até então, as conquistas e as derrotas, os novos sonhos e desejos, aquilo que ainda faz meus olhos brilharem e o que não faz. Riscar o que não dá certo, o que está sobrecarregando, finalmente dar espaço para aquela ideia que vínhamos gestando faz tempos.
Porém, isso só é possível quando a gente para um minuto pra entender que este é um novo ciclo, é um recomeço, é um novo capítulo na nossa história.
Esses novos capítulos podem ser mais difíceis de começar, de colocar em movimento, enquanto por outro lado, a gente pode se sentir tão renovada que vai com tudo (às vezes com tanta sede ao pote que esquece que constância não é sobre volume, mas sobre manter a presença de forma frequente).
Então como é que a gente faz para não queimar largadas e entregar tudo de si de uma só vez e depois perder o ritmo ou mesmo para que a gente consiga superar os obstáculos desse recomeço?
Por aqui crio formas de me ajudar a alinhar mente e tarefas pra que meu novo capítulo seja mais leve, organizado e alinhado com as ideias, objetivos e sonhos que quero conquistar.
Não sou de falar sobre mindset por aqui, mas o primeiro passo com certeza é tentar ver esse período como uma oportunidade e não como uma forma de “ah, não, preciso fazer tudo de novo”.
A gente muda o tempo todo e talvez o que você fez a um, três anos atrás já não faça tanto sentido para a criadora criativa que você é hoje. Talvez nem o que fez no mês passado.
Tem uma frase que gosto muito da Elizabeth Gilbert em Grande Magia que diz:
"Você tem a coragem necessária? Tem coragem de trazer à tona esse trabalho? Os tesouros escondidos dentro de você estão esperando que você diga sim.”
Às vezes mudanças assustam, e recomeços são frutos de mudanças. Elas podem ser físicas, mentais, pessoais, coletivas, culturais, de crenças e tantas outras.
Mas ela precisa ser interiorizada, seja porque queremos mudar nosso nicho, produzir algo que nunca fizemos, manter o que mais gostamos - mesmo que não seja o post que mais bomba - ou trazer algo que novo, que permanecia guardado a sete chaves.
Além de ter consciência desse processo de recomeçar, é preciso que a gente saiba se planejar e organizar. Para não exigir mais do que conseguimos, para conseguir ter antecedência, para ter leveza, para ser constante e, a contrassenso, até para ser mais flexível.
A gente devia aprender a fazer planejamento e organizar a vida, as demandas, o trabalho era na escola, sabe!? Como otimizar tempo, como tirar tempo para descansar, como otimizar nossos processos, como criar processos…
É, eu sei, via de regra, a gente não aprende isso lá. Não de uma forma que realmente nos ajude na vida adulta. Muita gente se sente perdida na maior parte dos departamentos organizacionais, porque não, a gente não tem referência. E não, a gente não resolve isso comprando um planner porque ele não organiza a vida toda da gente sozinha (mas bem que eu queria ahaha).
Agora vou deixar uma pergunta para você (e sério, vou amar saber a resposta seja por comentário ou respondendo esse e-mail): como você encara seus recomeços? Você se organiza pra essa nova jornada? Como que você faz isso?
p.s. e se você se sente perdida, saiba que não está sozinha, a gente consegue sim recomeçar sempre que precisar e tem uma novidade vindo aí para te ajudar muito nesse processo:
save the date 05.março.2025
resoluções
de ano novopara criadoras criativasentrelinha
Logo no começo do ano escrevi uma lista com 20 resoluções de ano novo para criadoras criativas.
Os dias correram (sim, meu janeiro voou, não teve aqueles 365 dias que todo mundo falava, eu teria amado se tivesse ahaha) e fiquei pensando muito sobre trazer essas resoluções para cá ou não. Aquela ideia de será que perdi o timing para esse conteúdo?
Considero que ano novo é uma espécie de recomeço, mas nem sempre nossos recomeços acontecem depois do ano novo. Às vezes é só depois do Carnaval, daquela viagem, de algo que te fez parar tudo por um tempo.
A gente recomeça mais vezes do que percebe nesse mundo da criação e essas resoluções são lembretes que precisamos não apenas em primeiro de janeiro, mas ao longo da nossa jornada.
Por isso, essa lista veio para o nosso Capítulo 57, o primeiro de 2025 e, com certeza, o marco de um novo ciclo que venho me preparando, planejando e organizando há bastante tempo.
Resoluções de Ano Novo de Novos Capítulos para Criadoras Criativas
1. Ser gentil ao olhar para o meu passado e presente.
2. Dar mais atenção para as conexões reais.
3. Dar menos atenção para as métricas da vaidade.
4. Me reerguer sempre que um conteúdo flopar.
5. Às vezes ler, às vezes não ler.
6. Manter um registro das minhas conquistas, para poder celebrá-las sempre, não importa o tamanho delas.
7. Lembrar que nem tudo precisa virar conteúdo.
8. Aprender constantemente e colocar em prática o que aprendi.
9. Viver no offline primeiro, postar só depois.
10. Começar um projeto engavetado (e trabalhar nele).
11. Me envolver em algum projeto social que envolva meu nicho.
12. Criar e cultivar amizades dentro do meu nicho.
13. Incentivar alguém no offline a começar ou voltar a ler.
14. Revisitar projetos, criações e feedbacks antigos sempre que estiver difícil.
15. Lembrar que sempre posso criar com o que eu tenho agora.
16. Apoiar o trabalho de creators que admiro, pequenas ou grandes.
17. Tirar um tempo offline mesmo quando estiver com muito trabalho.
18. Validar o meu trabalho a partir dele mesmo e das minhas conquistas.
19. Organizar meus objetivos e tarefas de modo flexível para respeitar meus limites, que são inegociáveis.
20. Planejar, mas sem esquecer de executar: meus sonhos dependem de mim para serem realizados!
Bridget Jones: louca pelo
garotorecomeçocapítulo extra
review do filme Bridget Jones: Louca pelo Garoto
Na noite passada tive o privilégio de assistir a estreia antecipada de Bridget Jones: louca pelo garoto na minha cidade e aproveito para agradecer a @universalpicsbr e ao @espacozmkt pelo convite!
Para quem ainda não está por dentro desse quarto filme da saga de Bridget Jones, adaptado do romance de mesmo nome, fica com o trailer:
Honestamente, eu esperava um filme que eu gostasse porque adoro a personagem Bridget dos filmes. Mas, o que eu encontrei no longa foi bem além. E, de uma certa forma, casou muito com nossa conversa sobre recomeços e novos capítulos.
Na história vemos uma Bridget que está há 4 anos sozinha, sofrendo ainda com o luto, mas também pronta para um recomeço. Afinal, somos complexos e podemos querer coisas diferentes, ao mesmo tempo.
“Sobreviver não basta, você tem que viver.”
Quote de Bridget Jones: Louca pelo garoto
É assim que ela conhece o jovem Roxster e engata no seu primeiro relacionamento após a viuvez. Mas isso não é a única coisa acontecendo em sua vida: ela também volta a trabalhar e seu desafio agora é também equilibrar todos os setores da sua vida.
São tantos recomeços que Bridget encara ao longo da trama que a gente se sente perdida e acolhida, junto dela. A gente ri demais dela também, é claro, afinal é a Bridget: perfeita em sua imperfeição.
Os temas que saltam aos olhos quando a gente vê o trailer, por exemplo, são sobre luto, relacionamentos após os cinquenta, relacionamentos para mulheres que também são mães, relacionamentos com diferença de idade. Mas as camadas da história nos levam mais fundo.
Apesar de ter uma certa facilidade para retornar para o mercado de trabalho, o que sabemos não ser uma realidade para muitas mulheres, Bridget se vê dividida e julgada pelo fato de não mais “ser mãe em tempo integral”, se sente culpada por precisar de ajuda e por sentir que é insuficiente para seus filhos.
A maternidade aqui vem sem filtros, com uma Bridget que precisa se reerguer várias vezes, entender seus próprios sentimentos e aprender que está tudo bem em falhar. Afinal, sempre é tempo de começar um novo capítulo no seu diário.
Com cenas lindas e um visual acolhedor que é a cara da nossa Bridget, o filme estreia amanhã, dia 13 de fevereiro nos cinemas de todo o Brasil e é um prato cheio para quem ama comédias românticas que exploram todos os lados de suas personagens.
“Bridget Jones: está na hora de viver.”
Quote de Bridget Jones: Louca pelo garoto
drops de GLitter
curadoria de conteúdo & etcetera para você
Se você ainda não conhece, eis o Prêmio Kindle Vozes Negras, lançado em conjunto com a Companhia das Letras:
Está acontecendo inscrições também para o Prêmio Sesc de Literatura:
E se você não viu ainda, sabia que Anne de Green Gables vai ganhar uma versão anime? Já quero ver! Você pode ler mais aqui.
Tem muita gente falando da série da Netflix Vinagre de Maçã, (que quero, inclusive, assistir nesses próximos dias e li uma matéria interessante sobre porque é tão fácil tanta gente cair em golpes. Por aí, você já assistiu?
rodapé
Obrigada por estar aqui e por ler até o fim, GLitter, é sempre um prazer escrever para você e ter ler de volta: sinta-se à vontade para escrever de volta ou deixar seu comentário por aqui.
A gente se lê na próxima quarta! ✨-✨
Me identifiquei muito com a sensação de altos e baixos na criação de conteúdo, e é tão reconfortante saber que não estou sozinha nesse processo de recomeços. Adorei a metáfora de ciclos como capítulos – faz tanto sentido pensar assim, porque cada recomeço nos dá a chance de ajustar as velas e seguir em frente com novas perspectivas. Também amo a frase da Elizabeth Gilbert, que você mencionou, ela sempre me lembra de abraçar as mudanças e aceitar os desafios criativos. Obrigada por compartilhar suas reflexões de forma tão leve e motivadora! E mal posso esperar pela novidade de março – já estou curiosa!