para o quê você está olhando: números ou impacto?
miolo
Quando criei a GLit, essa newsletter, logo pensei que precisava de um guia.
Algo que me norteasse acerca do projeto e, ao mesmo tempo, expressasse os valores que eu a GLit acreditamos e defendemos ao longo dos capítulos.
Foi assim que nasceu a frase enxuta que diz que
A GLit é sobre criar com leveza, criatividade e permanência.
Quando criei a frase, poderia ter incluído constância, porque, afinal, a gente vive falando que é importante manter uma presença constante na nossa criação de conteúdo.
Só que, eu queria uma palavra que não resumisse o nosso trabalho ao tipo de frequência que a gente adota ou consegue ter.
E a palavra que encontrei para ir além da constância foi exatamente essa, permanência.
"You're too busy looking at the width of your reach, but you're missing the depth of your impact." Rory Vaden
“Você está muito ocupado olhando para a amplitude do seu alcance, mas está perdendo a profundidade do seu impacto." Tradução livre.
Recebi essa frase do Rory Vaden em um e-mail e fiquei pensando o quanto isso se relaciona com a nossa forma de criar.
E, claro, o quanto isso se relaciona com o conceito da GLit de permanência, que resgatei lá do primeiro Capítulo:
“Permanecer é a capacidade de continuar mesmo diante das inúmeras subidas e descidas da montanha-russa que é a trajetória de criar conteúdo. Continuar de outro jeito, do mesmo jeito, ou de um novo jeito. (continuar, firme ou não, porque ninguém é de aço e nem precisa ser)”
Permanência é sobre constância, sim, mas também sobre a resiliência e, especialmente, é sobre a marca que deixamos com a nossa criação.
Como diria o Chapeleiro Maluco, é sobre a nossa muiteza.
O modo como as redes sociais operam e nos exibem em perfis elencados por números, não valoriza ou prioriza as nossas conexões. Resumir a qualidade ou o nosso impacto em relação ao alcance, muito menos.
A gente sabe que alcance é uma métrica que vem sendo cada vez mais apreciada. Você pode até ter um número pequeno de seguidores, mas o alcance está lá em cima, não é ótimo?
E sim, com certeza pode ser um ponto positivo, porque sabemos que as redes estão cada vez mais concorridas, a atenção das pessoas cada vez mais dispersa e conquistar essa atenção segue sendo um desafio.
Ao mesmo tempo, alcance pode se relacionar muito com isso, essa capacidade de chamar a atenção nos três primeiro segundos.
Mas… quantos vídeos você vê em um dia? Quantos na semana? Agora eu pergunto: de quais você se lembra?
Aqueles que a gente consegue recordar, é porque impactaram a gente de alguma forma (positiva ou negativa). Pode ser porque são engraçados, porque debatem um tema que gostamos, uma novidade ou porque são subversivos, por exemplo.
Agora mais uma pergunta, desses vídeos que te impactaram, você segue todas as contas que os publicaram? Você acompanha com frequência o conteúdo dessas criadoras, marcas ou instituições, por exemplo?
A gente sabe que não. Escolher seguir alguém nem sempre é um processo que vai acontecer a partir de um único conteúdo que entendemos como bom ou do nosso interesse.
O detalhe que a gente não pensa racionalmente é que, para seguir alguém, a gente precisa querer ser impactada por essa pessoa, pelo conteúdo que ela produz.
Pode ser impactada pela estética, pelo humor, pela escrita… As opções são muitas, mas tudo passa não pelo alcance da pessoa, e sim pela forma que ela se conecta e dialoga conosco.
E tudo isso tem a ver com a permanência do conteúdo dela: na presença constante que vai ajudar a ser lembrada; na qualidade da entrega; na resiliência que ela tem ao permanecer presente nesse espaço; e, claro, sobre a marca que ela consegue imprimir em tudo que cria e, consequentemente, no impacto que gera nas pessoas que consomem.
E você, GLitter, costuma pensar no impacto que seu conteúdo agrega às pessoas?
outono criativo
o primeiro desafio da GLit | terceiro ritual
Talvez pensar abstratamente sobre o impacto do nosso conteúdo nas pessoas possa ser difícil.
Por isso, dando continuidade ao nosso Outono Criativo, nesta semana a proposta é uma reflexão sobre o tema.
#3 Outono Criativo: ecos da criação
A proposta do ritual dessa semana é te ajudar a pensar em formas de avaliar sua trajetória a partir das marcas que você deixa nas pessoas.
Ao mesmo tempo, é também um momento para refletir sobre quais caminhos criativos você pode traçar para ter clareza no tipo de impacto que você quer deixar com o seu conteúdo.
O que você vai precisar para o seu ritual:
um caderninho ou folhas para escrever à vontade;
um lápis;
seu telefone, tablet ou dektop para navegar no Instagram;
música e/ou elementos que te ajudem a criar uma vibe aconchegante para seu ritual.
O ritual ecos da criação
Tempo estimado: 5 a 15 minutinhos
Revisitar as pegadas que você deixou. Essa é a primeira parte deste ritual: sabe aqueles posts antigos que a gente nem lembrava muito de ter postado? Dá uma olhada neles, no que você escreveu, nas interações que surgiram dali.
Olhe também posts mais recentes que você não teve tempo de responder a todos, veja aqueles conteúdos que mais te dão orgulho. Você também pode navegar pelo seu direct e buscar mensagens antigas.
Se possível, desative notificações ou deixe o celular no silencioso nesse período, para que você não fique tentada a olhar outras coisas e fuja do foco.
Se você não tem um banco de feedbacks guardados (fica a recomendação para criar um para poder consultar), aproveita essa visita e relembre mensagens que já recebeu celebrando seu trabalho, uma indicação que você fez, um conteúdo que agregou para alguém.
Puxe na memória também.
Eu tenho certeza que você vai encontrar mensagens e palavras que mostram como seu conteúdo não é perene, como ele é capaz não apenas de gerar alcance na internet, mas de trazer um impacto positivo para as pessoas.
Anote no caderninho trechos e palavras que te marcaram. Você se lembrava que é assim que as pessoas veem o seu trabalho? Você percebe como ele é capaz de gerar impacto nas pessoas? O que essas mensagens têm em comum? Anote seus sentimentos em relação a tudo isso.
Quando terminar (e só você saberá que esse momento chegou), começa a segunda etapa do nosso ritual.
É hora de pensar o porquê de você criar o que cria hoje: esse é o cerne do seu trabalho e também o principal motivo pelo qual você é capaz de se conectar com as pessoas e deixar sua marca.
Nem sempre pensamos nesse cerne quando criamos, mas ele está na base das decisões e escolhas que tomamos, seja de forma consciente ou não.
Anote o seu porquê, que pode ter muitas ou poucas palavras, partir de uma vontade ou necessidade individual sua ou mesmo coletiva.
Depois, veja como o seu porquê se conecta com as mensagens, feedbacks e palavras que já recebeu sobre o seu trabalho. Se quiser, anote também essas conexões, elas são caminhos criativos presentes na sua criação e trajetória.
Sua criação é uma ponte entre as pessoas e a literatura. O que te move é o que é capaz de causar impacto, de deixar sua marca permanente.
Como funciona o Outono Criativo?
Para participar, basta que você faça o ritual, registre uma etapa, pode ser em foto ou vídeo - como for mais confortável para você - e compartilhe no seu stories do Instagram marcando o @retipatia com a #outonocriativo.
E, se quiser me contar como foi seu ritual e se esse processo fez sentido para você, Glitter, é sempre um prazer te ler: você pode responder a esse e-mail, deixar um comentário ou falar comigo pelo Instagram no @retipatia.
rodapé
Obrigada por ler, estar presente e por fazer parte da GLit. ✨-✨
A gente se lê no próximo capítulo, às 17h, com uma boa xícara de chá.